George R. R. Martin estava certo quando disse: “Um leitor vive mil vidas antes de morrer. O homem que nunca lê vive apenas uma”.
Algumas dessas experiências literárias vividas inteiramente em nossa imaginação podem, inclusive, extrapolar os limites de sua mídia e se tornar parte da nossa realidade.
Conheça as invenções da ficção científica que se tornaram realidade.
Submarino
Simon Lake foi um inventor e engenheiro americano que desenvolveu o Argonaut, o primeiro submarino a operar com sucesso em mar aberto, em 1898. Lake foi inspirado pela obra de Júlio Verne, Vinte Mil Léguas Submarinas.
Helicóptero
Igor Sikorsky, inventor do helicóptero moderno, foi inspirado pelo livro Clipper of the Clouds, também de Júlio Verne. Sikorsky frequentemente citava Júlio Verne, dizendo: “Qualquer coisa que um homem pode imaginar, outro homem pode tornar real”.
Foguete
O primeiro foguete de combustível líquido, lançado com sucesso em 16 de março de 1926, foi inventado pelo cientista Robert H. Goddard, que era fascinado com voos espaciais. Sua fascinação veio após ter lido no jornal trechos serializados de Guerra dos Mundos de H.G. Wells.
Poder atômico
Leo Szilard, físico nascido em Budapeste (Hungria, no ano de 1898) e naturalizado americano, foi uma das principais vozes responsáveis pelo uso da energia atômica pelos americanos durante a II Guerra Mundial.
Seu trabalho com reação nuclear em cadeia e posteriormente sua campanha pelo controle das armas nucleares e pelo uso internacional pacífico da energia nuclear foi inspirado, em grande parte, pelo romance The World Set Free (1914), de H.G. Wells.
No romance, Wells imagina o surgimento da energia atômica “artificial”, seguido por uma guerra mundial devastadora e o eventual surgimento de um governo global pacífico.
Centro de Informações de Combate
O conceito de centros de informações de combate a bordo de navios de guerra foi inspirado no “Directrix”, um navio de comando criado por E. E. Smith, em sua série literária de ficção científica “Lensmen”, que narra as aventuras de uma Patrulha Galáctica futurística.
Braços mecânicos
Os braços mecânicos que foram desenvolvidos para a indústria nuclear em meados da década de 1940 foram chamados de “waldos”, em reconhecimento ao conto Waldo do escritor americano Robert Heinlein.
A obra retrata um gênio chamado Waldo F. Jones que nasce com uma doença que o deixa incapaz até de segurar uma simples colher. Para contornar esse problema Waldo cria uma mão mecânica chamada “Waldo F. Jones Synchronous Reduplicating Pantograph” (ou simplesmente Waldos) que pode ser operada remotamente.
Taser
Inventado por Jack Cover, um pesquisador da NASA, o TASER tem seu nome retirado de uma obra de ficção científica juvenil criada por Edward Stratemeyer chamada Tom Swift and His Electric Rifle. A obra acompanha as aventuras de um inventor genial chamado Tom Swift.
Second Life
O romance Snow Crash de Neal Stephenson, de 1992, descreve um “Metaverso” on-line totalmente imersivo, onde as pessoas interagem umas com as outras por meio de representações chamadas “avatares”. Philip Rosedale, o inventor da outrora popular comunidade online Second Life, vinha brincando com a ideia de mundos virtuais desde a faculdade, mas dá crédito a Snow Crash por pintar uma imagem convincente de como um mundo virtual poderia parecer em um futuro próximo.