Jack Reacher – O Último Tiro (Jack Reacher no original estadunidense) é um thriller de 130 minutos estrelado por Tom Cruise e que tem como fio condutor a investigação de um massacre aparentemente perpetrado por Barr (Joseph Sikora), um ex militar investigado no passado por Reacher (Tom Cruise).
Outros dois personagens importantes para a trama são Rodin (Richard Jenkis) e sua filha Helen (Rosamund Pike), esta última deliberadamente ignorante para tornar o personagem de Tom Cruise mais inteligente e misterioso.
Não há, realmente, muito o que comentar sobre o filme.
O suspense e a trama policial não surpreende a quem está familiarizado com séries como CSI, Mentalist, Psych, Monk, Lie to Me, Cold Case, Elementary, Sherlock e tantas outras por aí. Tom Cruise tenta, mas sua atuação é, no máximo, mediana.
Se você acompanhava os filmes dos anos 80 ou 90, irá com certeza encontrar uma dúzia ou mais de clichês recorrentes destas décadas.
O clichê mais clássico do filme é aquele no qual o protagonista se aproxima sem camisa da personagem de Rosamund Pike, criando um clima de sedução que é logo quebrado com uma frase qualquer.
Outro clichê horrível é aquele no qual o herói pode matar o “subchefe” mas prefere jogar a arma no chão e ter um mano-a-mano com ele. Na chuva.
Juro que pensei estar assistindo a um comercial de desodorante quando vi que as mulheres viravam o pescoço quando Jack Reacher passava. Clichê, clichê e mais clichê.
Nestas horas é possível constatar que não basta a presença de um ator conhecido para que um filme se salve. Não só o roteiro é fraco como a direção deixa muito a desejar. O filme é mal conduzido e possui um ritmo desestimulador, trabalho de Christopher McQuarrie (diretor e roteirista), que já trabalhou com Tom Cruise em Operação Valquíria.
Jack Reacher é um material decepcionante e nada original estrelado por um dos mais caros astros de Hollywood.